Passear pelas diversas regiões do Brasil sem sair de Rondonópolis é a proposta dos profissionais do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Iracy Pereira da Conceição Araújo a ser desenvolvida com seus estudantes em 2022. A equipe dividiu a abordagem em dois momentos – no primeiro semestre foram explorados o Sul e o Centro-Oeste e, no segundo, serão percorridos o Norte, o Nordeste e o Sudeste do país.
Durante esse passeio pelas cinco unidades federativas, aproximadamente 400 crianças com idades que vão de seis meses até cinco anos e 11 meses puderam conhecer o universo cultural desses locais, com sua musicalidade, culinária, lendas folclóricas, ludicidade, utensílios usados no dia a dia, entre outras particularidades características dos lugares que foram descobertos através dos desbravamentos conduzidos nas 18 turmas em salas de aula.
“Na
fase de vida em que nossos alunos estão, as brincadeiras são muito
importantes. No decorrer das atividades trabalhadas na nossa creche,
a criança é a protagonista. Então, este ano, escolhemos o tema
‘Construindo vivências’ e promovemos essas ações com os
pequenos sendo os atores principais”, observa Adriana Teixeira Vaz
Magalhães, diretora da Cmei Iracy.
Essa aproximação regional resultou na apresentação do material elaborado durante a primeira metade do período letivo em exposição que ficou aberta à visitação para familiares e público em geral, além de ser um espaço para a própria criançada da creche curtir, contemplando as obras que fizeram.
“Na
semana pedagógica, a equipe gestora propôs esse assunto para as
professoras, que acharam que valia a pena resgatar a cultura
brasileira e que, com arte, conseguiríamos tornar nossos estudantes
os personagens centrais dos seus saberes”, lembra Adriana.
Manifestações
criativas com plasticidade e sonoridade típicas das regiões
retratadas, além de encenações, estimularam nos alunos sensações
que os transportaram às paragens até então desconhecidas. “Foram
reproduzidas várias peças artísticas, objetos como cuias de
chimarrão e instrumentos como violas de cocho e sanfonas. Também
foram feitas maquetes do pantanal e representações de animais.
Todos os meses foram preenchidos com muita brincadeira e
dramatizações de histórias de autores regionais e as crianças
foram recepcionadas com músicas dos locais investigados”, descreve
a diretora.